quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Parasitas e viajantes, de embriões ao universo

ResearchBlogging.org
São incontáveis os momentos em que imagens dizem bem mais que falatórios, quando poesia se forma nos olhos, vai pra mente, e lá flutua. Do embrião ao universo, das viagens neles e também nos neurônios, as infinitas formas de grande beleza parecem não cansar de causar surpresa. Mas eu não me importo com esse tipo de cansaço :)

Bem mais que história, os buracos negros parecem parasitas das galáxias..

Enquanto isso, Wolbachia, uma parasita bem menor, mas não menos poderosa, faz a festa pintando um mosaico na galáxia de um embrião de Drosophila. Esse mosaico vai poder viajar para muitas gerações depois que esse embrião virar adulto, ou ainda ser transferido no melhor estilo mochileiro para viajantes de táxons distantes

Se parasitas podem viajar, também o podem fazer os pensamentos, histórias e memórias, mas dessa vez num mosaico diferente, como esse emaranhado de neurônios de rato.

Já outro parasita, Litomosoides sigmodontis (filária, causadora da filariose), consegue descrever um caminho bonito e satisfatório pelas ruelas do sistema linfático de um não tão feliz camundongo.

Sobre a beleza das coisas, e a facilidade de se surpreender diariamente.


Guia de viagem:

Zabalou, S., Apostolaki, A., Pattas, S., Veneti, Z., Paraskevopoulos, C., Livadaras, I., Markakis, G., Brissac, T., Mercot, H., & Bourtzis, K. (2008). Multiple Rescue Factors Within a Wolbachia Strain Genetics, 178 (4), 2145-2160 DOI: 10.1534/genetics.107.086488
Foto dos neurônios por Gabriel Luna , do Neuroscience Research Institute da UC Santa Barbara, California.
Foto da filária no sistema linfático por Witold Kilarski, lá da minha querida École Polytechnique Fédérale de Lausanne.

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